Ao som da lira

... E esse lirismo melancólico, deixando aos meus versos; sangue e dor. calcando o estado de coma, meu inconsciente. Por que não me abandona? Por que não deixam ás minhas palavras, contentamento mesmo em doses pequenas?

Sorriso em mim? Só se for ao interior no interior do magma bem lá onde eu nunca pisei. Por que dada ás tapas essa face minha, em rútilas e frias marcas permanece na inércia dentro do abandono das páginas embevecidas pelo “nunca mais”. E o desenho esquecido nas cinzas das horas vai amarelando, acumulando poeira no delírio da solidão, raciocinado mistérios congelados no jogo atroz de sórdidos olhares sentados nas mãos da estupidez , anunciando peremptórios caducos vestidos de sonhos entre os adornos do futuros...

Jane Krist

E aqui me findo ao som perfeito de Ferreira Gullar ao lado do senhor poesia Raimundo Fagner.

Me leve (Cantiga para nao morrer)

Quando voce for embora,

moca branca como a neve,

me leve, me leve ...

Se acaso voce nao possa,

me carregar pela mao

menina branca de neve,

me leve no coracao

Se no coracao nao possa,

por acaso, me levar

moca de sonho e de neve,

me leve no seu lembrar.

E se ai tambem nao possa,

por tanta coisa que leve ja viva em seu pensamento,

moca de sonho e de neve

Me leve no esquecimento

Me leve ... me leve ...