VARANDA


Minha varanda descortina uma imensidão.
Árvores, o Cristo Redentor de braços abertos.
Pássaros me despertam com seus alaridos.

Meninos ainda empinam pipas colorindo a tarde...

Em noites quentes, ainda há cadeiras na calçada,
crianças brincam de pique ou esconde-esconde.
Aves noturnas cortando a paisagem...

Minha janela, pensei que desse para paredes frias,
mas para não perder a alegria, quando me deito
em noite de estrelas, sou coberta por seu véu.

Coisas que se perderam entre tecnologias e os arranha-céus.

 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 18/06/2014
Reeditado em 24/11/2015
Código do texto: T4849541
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