Esqueço-me

Busco na pureza da vida

A eterna querência da paz

Se flui amor, eu canto

Se traz consigo encanto, janto.

Perquiro uma gota de céu em manhã enluarada

Sequer vergonhas me açoitam a face

Mas há rumor na vala; sou impelido pelo medo

Nas mais distantes salas, aqueço.

Espero que me tragam polidas verdades

As séries de certos gestos e choros

Meço as escadas com nojo, esboço

Ao que se assiste ao redor de mim

Oculta-se na pureza da vida.

Um ósculo moldado em prazeres

Serestas aninhadas, rugir e rufar

Nas prásinas trevas, hei de ousar

Assim, evoluo

Assim, me esqueço.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 14/05/2007
Reeditado em 14/05/2007
Código do texto: T486787
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