Esqueço-me
Busco na pureza da vida
A eterna querência da paz
Se flui amor, eu canto
Se traz consigo encanto, janto.
Perquiro uma gota de céu em manhã enluarada
Sequer vergonhas me açoitam a face
Mas há rumor na vala; sou impelido pelo medo
Nas mais distantes salas, aqueço.
Espero que me tragam polidas verdades
As séries de certos gestos e choros
Meço as escadas com nojo, esboço
Ao que se assiste ao redor de mim
Oculta-se na pureza da vida.
Um ósculo moldado em prazeres
Serestas aninhadas, rugir e rufar
Nas prásinas trevas, hei de ousar
Assim, evoluo
Assim, me esqueço.