S.O.S. P/ AS ÁRVORES
Mãos rudes... Que plantaram-me!
Dôces mãos... Que regaram-me!
Assim crescí... Paparicada e ligeiro!
Quase ocupo o pátio inteiro!
As tardes... Sempre tenho companhia!
À minha sombra... Todo o dia,
Alguem à procura vem...
Sou tambem a confidente!
Quantas vezes... Calada ouço,
Soluços... De um ser vivente!
Queixas da moça... E do moço!
Romances... Que deu em nada!
E uma alma... Apaixonada!
Alí sob a sombra... Chora!
O grande amor... Que foi embora!
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Mas tambem... Tem a molecada,
Que brinca... Descontraída!
Vivendo a fase encantada!
Sem preocupar-se... Com a vida!
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E os passarinhos?
Então nem se fala!!
Em meus galhos diariamente!
Com seus trinados... Bater de asas!
Para ve-los... Sempre contentes,
Ofereço-lhes... A minha casa!
Deixo que construam... Seus ninhos!
E os ajudo... Dando-lhes guarida!
Acobertando... Os filhotinhos,
Enquanto lutam pela vida!
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Pressinto...Quando no ar...
Paira... Uma ameaça!
Não basta? Quem anda à caça?
Ou outro alguem? Com moto- serra?
Num mundo... Onde...
A ambição impera!
Ser feliz... Poucos conseguem!
Rudes mãos... Que plantaram-me!
Dôces mãos... Que cuidaram-me!
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E os sem consciência... Me perseguem!
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( Escrever um texto é muito pouco!! Mas eu espero que quando o homem abrir os olhos e dar-se conta do crime bárbaro cometido contra as árvores e o desmatamento das mesmas... Não seja tarde demais! )