Escombros do Amor
Reduzindo misturas em cascata
Invólucro prata da pele invernada
Mundo, ressarcido mundo
Em vez de cinzas, nuanças mil
De cores densas através do pouco
Colmo da saudade oca e ausente.
Ofensas tais, paralelas, peridurais
Não entrais em pânico!
Seres são dentes manchados de sangue
Carnes sinérgicas, distantes falanges
E o que está por vir, há só no porvir
Nem toda ferida estuporada é sair.
Embebendo méis no cantil do amor
Migalhas enlouquecidas e arsênicas
Minha mocidade a jazer no catre
Em torno dum peito bípede
Estrelas dormentes, fósseis entes
Memórias enxutas, perpétuos escombros.