Mar

Deste lado do atlântico, finalmente abençoado pela chuva e um vento amigo, escrevo.

À velocidade do coração, da razão, do pensamento, das mãos na página branca, no lápis, na caneta, no teclado, escrevo.

Encontro-te a ti. Tu, que me vês e me ouves porque me lês. Quero-me oculto para me veres melhor; quero-te oculto para te ver melhor.

Não são os olhos que veem mas o corpo e a subtil ou bruta distância entre um corpo e uma mão; entre mim e ti.

Aí, dessa margem do Atlântico que me diz o teu corpo e a tua mão?