Labirinto

Grito da janela daquele quarto

Esquecido na avenida que vivíamos

Olhando a calçada

Procurando o que resta de ti

O tempo que foi e te levou para uma outra rua

Longe da minha, longe da nossa...

Busco nas crianças que saltam à corda

O teu olhar....Aquele sorriso distinto da natureza que vivemos...

Nostalgia que me agarra e não larga

Que vive em cada beco sem saída da minha memória...

Labirinto este coração

Que vives

Não te esquece e não sais...

Não tens saída

Fechei todas as portas para que vivas em mim para sempre

Mesmo que não reconheças a nossa avenida

As estradas

A calçada hoje de pedra

Os meus olhos vistos da janela procurando os teus

A nossa infância doce

O meu amor

Eterno amor

Que hoje apenas vive nas avenidas do meu coração

Labirinto em que vives....

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 09/09/2005
Código do texto: T48938