Dia e noitre

Reclamo das palavras

Salpicos de areia aos teus olhos

Tropeço nas letras Como tu cais sobre as pedras que imponho à tua vida...

Papel sem caneta Esgrima sem espada

É assim que nós somos

Assim nos entrelaçamos e nos abandonamos quando a noite encadeia a nossa voz

Somos um todo Que difere em cada entoação mais forte

Um todo separado e cortado em cada olhar mais demorado... Terminamos como duas pombas brancas Voando no horizonte em estados de lucidez Terminando na cama em instinto animal de loucura...

São estes os nossos dias

Destinos distintos

Doentias as madrugadas Que nos cobrem o corpo e nos perdemos no mesmo voo... Mesmo quando o dia nos teima em rasgar os corpos e desvia-los do mesmo rumo.

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 09/09/2005
Código do texto: T48939