HARD DAY

Hard day!

Dia duro daquele tipo de matar leão tigre onça pintada onça parda e outros bichos perigosos nem tão felinos.

Stress de vento em popa tipo furacão do Kansas que levou a casinha da Dorothy pelo espaço até Esmeralda City de chuva forte de pingos grossos de barulho no telhado até de goteiras de apagão de sinaleiras e outras bobeiras.

Dia escuro de linhas telefônicas atrapalhadas de boogie oogie no Face e Internet despencada de reza braba pra Santa Bárbara e São Jerônimo pra abrandar temporais e livrar-nos dos raios e coriscos e outros males a mais.

Dia de bolinho de chuva que dá água na boca e fica na vontade e vontade de fugir pra infância e pular corda e pular sapata de codinome "amarelinha" no caminho entre o céu e o inferno na luta entre o bem e o mal.

Dia de resgatar lembranças e dar conta de quão célere é o tempo que passa e já lá se vão tantos anos e continua sem parar porque o tempo não para e pra isso existem as recordações que são caras e fazem bem

ao coração mesmo quando a saudade é intensa.

Dia de tentar mil vezes aplacar outro tipo de saudade que bate forte no meio do peito diante de uma foto de abraço que abraçou bem abraçado quem se ama e está distante muitas milhas daqui noutro hemisfério que torna a distância um caso sério.

Dia de agosto de inverno de azaleia pintadinha de brotos com gosto de flor que vem chegando em seguida...

Dia que se transforma em noite de chuva calma de gotinha feito lágrima que bate quietinha na vidraça da janela da minha casa na minha rua na minha cidade nos pagos do Sul.

Dia primeiro de agosto de 2014.