SE...
Um dia eu me perdesse, sem explicações, assim, de repente,
Tu irias trazer a noção do que eu levaria em minha bagagem,
Estarias no domínio, pois sabes de mim o contexto suficiente,
Terias o melindre de um enigma, seguido de uma mensagem,
Para me achar, aplicaria e parodiaria a tua abissal sensibilidade,
Deixaria para ti o pronunciamento do meu contumaz coração,
Que em assentadas ocasiões permaneceria encharcado de saudade,
Ou, se assim preferisses, ficaria calado, nas horas tantas de solidão,
Não me compungir-me-ia de nada, despontaria em total liberdade,
Guardando na memória o cheiro que conheci em tua pele macia,
E conduzido por teus exemplos, te adoraria em rara intensidade,
Permanecerias no comando, me alcançando no auge de tua magia,
E num último e afetuoso olhar, minha alma então se sairia,
Trazendo o feitiço deste ambicionar no momento das esperas,
O tempo nos fisgaria de pronto, nos acercando na praia vazia,
Para embarcarmos em nova turnê com promessas de quimeras,
Mas para que me afaste sem esclarecimentos só por um imprevisto,
Mas a ti eu apresentaria a informação desta desvirtuada viagem,
Reger-me-ia por tuas atitudes, te reencontraria em improviso revisto,
E numa calorosa visão, meu espírito se reencontraria na tua imagem...