AMOR: UM TEMA ETERNO
Tão importante como fazermos a leitura do outro, é fazermos a leitura de nós mesmos. Usando os mesmos critérios de interpretações; usando a mesma proteção e benevolência que costumamos usar para nos criticarmos, ou para nos avaliarmos. Seria interessante se soubéssemos ser complacentes como somos conosco.
É claro, que nos conhecemos mais do que as demais pessoas. Nosso contato conosco é diário, sei bem disto. Vamos nos percebendo em mil situações diferentes e, assim, podemos nos avaliar com maior precisão. Ao contrário das outras pessoas que conhecemos superficialmente em somente algumas circunstâncias. E ao menor deslize, o mais comum é a desistência de continuar se investindo em um conhecimento mais profundo. Contudo, é importante dar chances de se mostrarem mais e melhor.
Interessante são as pessoas: umas valorizam-se abertamente e sem medo. O que causa angústia aos invejosos, que também se auto elogiam, mas o fazem veladamente. Há aquelas que menosprezam-se para ouvirem confirmações contrárias, do que afirmam. Buscando para si um elogio, para se fortalecerem. Dessa maneira se sentem humildes. Não percebo humildade no fingimento.
Por que ser má, se posso ser mar? O importante é amar a si mesmo, amar o outro, amar o que faz, amar a vida. O mar abraça todos os rios, não importa as suas cores e origens, pois ele é o lócus da reconstrução, da modificação de trajetórias.
Somente os insipientes apontam dedos, tentando evidenciar os defeitos alheios para encobrirem os seus próprios.
A melhor leitura que possamos fazer do outro é não separando o nosso coração do nosso olhar.
Para ilustrar o meu texto eu transcrevo um poema muito lindo do Machado de Assis, porque na verdade os amigos são livros e flores.
É claro, que nos conhecemos mais do que as demais pessoas. Nosso contato conosco é diário, sei bem disto. Vamos nos percebendo em mil situações diferentes e, assim, podemos nos avaliar com maior precisão. Ao contrário das outras pessoas que conhecemos superficialmente em somente algumas circunstâncias. E ao menor deslize, o mais comum é a desistência de continuar se investindo em um conhecimento mais profundo. Contudo, é importante dar chances de se mostrarem mais e melhor.
Interessante são as pessoas: umas valorizam-se abertamente e sem medo. O que causa angústia aos invejosos, que também se auto elogiam, mas o fazem veladamente. Há aquelas que menosprezam-se para ouvirem confirmações contrárias, do que afirmam. Buscando para si um elogio, para se fortalecerem. Dessa maneira se sentem humildes. Não percebo humildade no fingimento.
Por que ser má, se posso ser mar? O importante é amar a si mesmo, amar o outro, amar o que faz, amar a vida. O mar abraça todos os rios, não importa as suas cores e origens, pois ele é o lócus da reconstrução, da modificação de trajetórias.
Somente os insipientes apontam dedos, tentando evidenciar os defeitos alheios para encobrirem os seus próprios.
A melhor leitura que possamos fazer do outro é não separando o nosso coração do nosso olhar.
Para ilustrar o meu texto eu transcrevo um poema muito lindo do Machado de Assis, porque na verdade os amigos são livros e flores.
Livros e flores
Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?
Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
Machado de Assis