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Quando você me abandonou, falou muito em liberdade e pouco em amor, agora você volta querendo relembrar o que acabou... HOJE EU NÃO QUERO MAIS, NUNCA, NUNCA, NUNCA MAIS TE VER!

Eu queria entender porque eu sempre acabo assim, é tão horrível como eu estou, chego a ter pena de mim e isso me enoja. Fico jogada com a cerveja do lado, ouvindo blues, me sentindo culpada e com vontade de te matar.

Tantas promessas, tanto tempo perdido, lágrimas desnecessárias, sorrisos falsos, falsas esperanças, mentiras, sonhos destruídos, bebidas e mais bebidas.

Pra quê? Brigamos com o mundo para ficarmos juntos e acabamos assim: Cada um para um num lado do sofá, você com esse cigarro barato, eu com essa cerveja... Amarga como nossas vidas. Bêbados, drogados, solitários. Estamos juntos e ao mesmo tempo distantes. Estávamos...

E agora, ouvindo essa música - que se tornou parte da nossa trilha sonora - me sinto ainda mais suja porque eu não me importo mais.

Essa música vai fazer parte de muitas outras trilhas sonoras de muitos outros romances - meus ou não - e não importa o que você pensa ou sente, eu não me preocupo.

Todas aquelas flores, cartões e outras bobagens não me conquistaram, aliás, foi o contrário. Não me preocupo com status, não quero um relacionamento de fachada, não quero romantismo exagerado - e barato - , não preciso disso, preciso de confiança. Você tem?

Não, não, não...

Você só me trouxe dúvidas, falsas verdades, sonhos imbecis. Como entender esse seu amor? Amor? Por favor, que amor? Você acredita mesmo que uma flor possa resolver todos os nossos problemas? Uma bomba seria mais útil...

Não, não, não...

Não quero ouvir suas desculpas, elas não servem para nada, só me cansam, me enchem... Me deixe em paz, esqueça que eu existo, me deixe jogada numa mesa de bar, não aguento mais tanta hipocrisia e falsidade! Quem deu essa liberdade para as pessoas inventarem o amor? Quem deu liberdade para dar liberdade?

Não concordo com você, Cazuza. As pessoas são previsíveis demais, sonsas demais... Ah, como isso me cansa! Querem ser todas iguais, eu não! Quero um amor diferente... Quero um amor diferente de todos que eu já vi e vivi. Que me tire o folego, me arrepie, me faça suar, delirar. Quero sonhar todos os dias com ele. Quero um amor diferente... Um amor de verdade.

Mas eu estou cansada... Cansada de escrever, de viver, de conviver.

Minha única vontade é de beber. Beber até morrer e esquecer toda essa droga.

Prinz
Enviado por Prinz em 18/08/2014
Código do texto: T4927489
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