Pretexto.
O coração, numa rara e habilidosa iniciativa determinada,
Retrocedeu, sem pudor, ao ser supremo do discernimento,
Pedindo pelo caminho da sabedoria em escritura elucidada,
Para apresentar um título à dona do seu formoso sentimento,
Saiu a esmo para identificar as origens perdidas noutras eras.
Despontou em diferentes direções transientes das fantasias,
Alastrando-se nas aspirações das brisas de novas primaveras,
Guardando os juramentos vindos com as afáveis ventanias,
Na vontade, o frescor delicado e afetuoso das lembranças,
Resgatando as dádivas da alma que porventura tenham ido.
Um sem fim de conclusões transparece trazendo esperanças,
No anélito do átimo que sossegado permanecia adormecido,
Invocou o fulgor castiço do renascer que num sopro se fez,
Nos amanheceres intensificados pelo brilho das estrelas,
Com o deslumbramento da ternura que por amor se refez,
Arremates reveladores originando expectativas de tê-las,
Encontrou adágios libertos em dados místicos e devaneios,
Entregou definitivamente seu desejo, inigualável; talvez...
Sobrepujou a nostalgia na apresentação de outros meios,
E encerrou o dia com a entrega casta e verdadeira outra vez...