Pretexto.

O coração, numa rara e habilidosa iniciativa determinada,

Retrocedeu, sem pudor, ao ser supremo do discernimento,

Pedindo pelo caminho da sabedoria em escritura elucidada,

Para apresentar um título à dona do seu formoso sentimento,

Saiu a esmo para identificar as origens perdidas noutras eras.

Despontou em diferentes direções transientes das fantasias,

Alastrando-se nas aspirações das brisas de novas primaveras,

Guardando os juramentos vindos com as afáveis ventanias,

Na vontade, o frescor delicado e afetuoso das lembranças,

Resgatando as dádivas da alma que porventura tenham ido.

Um sem fim de conclusões transparece trazendo esperanças,

No anélito do átimo que sossegado permanecia adormecido,

Invocou o fulgor castiço do renascer que num sopro se fez,

Nos amanheceres intensificados pelo brilho das estrelas,

Com o deslumbramento da ternura que por amor se refez,

Arremates reveladores originando expectativas de tê-las,

Encontrou adágios libertos em dados místicos e devaneios,

Entregou definitivamente seu desejo, inigualável; talvez...

Sobrepujou a nostalgia na apresentação de outros meios,

E encerrou o dia com a entrega casta e verdadeira outra vez...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 29/08/2014
Código do texto: T4941190
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