Observação

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Mais uma vez pressinto teu clamor inocente,

Teu meigo sorriso postado em líricos versos,

Que o trovador sem timidez aspira fremente,

No sopro manso de amores ainda dispersos,

E a necessidade que habita a minha mente,

Cochicha em outros tantos cantos inversos,

É uma meiga gestante de alegria coerente,

Longe das almas dos homens perversos,

Coloca-se o poeta nas previsões deste inverno,

Habitando tranquilo numa arguciosa emoção,

Adormece sereno num canto imaculado e terno,

Transpassando o difícil entendimento da razão,

E no arremate de tarde, preso aos fachos de luz,

Experimento-me como colorida pandorga no ar,

A desnudar-me pelo teu encanto que me seduz,

Redescobrindo o doce e delicado deleite de amar,

E enquanto o dia vai se despedindo no horizonte,

Procuro-te junto a estas sutis carícias do vento,

Minha busca é incontável mesmo que eu conte,

Por tamanha a grandeza do meu sentimento...

Que reste-t-il de nous amour

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/08/2014
Código do texto: T4942643
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