Quero-te...

sem nunca desistir, pois se o fizesse, estaria me recusando nesta hora,

Desejo-te no predomínio restaurado e nas adivinhas do dia seguinte,

Aprecio-te nas lembranças do ontem, com a franqueza do olhar do agora,

Adoro-te assim, sem dúbias reservas ou presunção da falsidade ouvinte,

Cobiço-te qual santa, como sendo a lucidez pacificadora que a alma quer,

Aspiro-te nas horas que contemplo o universo no suspiro do anoitecer,

Preservando tua inocência de menina que acorda na malícia de mulher,

Que alcança o que almeja com a destreza marota posta no bem querer,

Quero-te de um jeito alucinado, completamente insano e sem pudor.

Redenção ardendo na veemência do desejo, sem falsas ou simulações,

Estimo-te, com orgulho, sem vistas na aparência na mistura de cor,

No ajuste da tez, paladares, matizes e distintas tantas combinações,

E nestes quereres diversos, o tempo foi compondo poesia para nós,

E eu vendo-te escultural com a exposição do tempo em tua pele macia,

No plano nivelado de tuas suaves melenas e o penteado que virá após,

No teu requinte, lançado pelo artista que criou o mundo em magia,

Quero-te para ficar observando o escuro de tuas gemas cristalinas,

Deliro no ocaso da razão quando teus lábios me darão o que preciso,

Serei um ébrio sorvendo as palavras que me repassas em linhas finas,

Quero-te mantendo-me como teu escravo arrastando-me ao paraíso...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/08/2014
Código do texto: T4943126
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