Gentil a enfermeira entregou o bebê para a mãe segurar.
 
Era a primeira vez que ela sentia a criança nos seus braços.
Com incrível carinho olhou o menino e lhe ofereceu um sorriso.
Algo mágico ocorreu nesse instante.
 
O bebê, recém-nascido, bastante inquieto e choroso com a enfermeira, percebendo o doce olhar contagiante, rápido encerrou o pranto, silenciou admirado e começou a observar o rosto daquela mulher que o segurava tão meiga, expressando enorme afeto.
 
Quem seria ela?
Por que irradiava insuperável beleza?
Como conseguia apresentar tanta ternura?
 
O bebê sorriu hipnotizado e maravilhado.
A estranheza do mundo novo ficou menor, o barulho ao redor sumiu, cessaram todas as desconfianças, desapareceu a insegurança.
 
A criança sorriu mais animada e não mudava a direção dos olhos, fixos, deslumbrados, seduzidos, completamente seduzidos.
 
_ Ilmar, seu nome será “Ilmar”, querido!
 
O menino, sem entender a frase, continuou sorrindo, porém deixou o sono vencê-lo... Os olhos da linda mulher jamais permitiu escaparem.
 
O sorriso permaneceu, ele parecia sonhar, mas não precisava estar ao lado de anjos. Mãos angelicais o embalavam repetindo a mais afetuosa melodia.
 
* Após indagar à Poesia como foi o primeiro encontro do bebê Ilmar com Anita, sem diminuir as intensas lágrimas enquanto elaborava o texto, imaginei que pode ter sido dessa forma.
 
Depois desse dia, eu segui sempre buscando o olhar de mainha.
Hoje, sem ver os olhos da bela rosa, sem o alento da sua presença, sinto saudade e a vontade de voltar a respirar o ar, meu ar, minha mãe, Anita.
 
As noites iluminadas sempre trazem o olhar dela.
Pedem para eu prosseguir e sossegar.
Sugerem assim imitar o bebê Ilmar o qual, na primeira vez que a viu, agradeceu a vida, conheceu o amor e provou a paz.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 01/09/2014
Reeditado em 02/09/2014
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