Morada.
Em quatro paredes pode se descobrir a ventura,
Numa vaporosa dubiedade, em céleres inspirações,
Transbordam múltiplos veios numa esperança pura,
Uma franqueada maestria no decodificar soluções,
Na fé sincera e prudente se apresentam os anseios,
A instabilidade comum dominada pelas vaidades,
Promessas puras e repousantes na ação dos meios,
Miscigenadas na tranquilidade de todas as verdades,
As divisórias formam uma casa; o orgulho de alguém,
Cada dependência com a prévia definição do seu espaço,
Floresce uma expectativa no ambiente que se mantém,
Sala, cozinha, banheiro, o quarto para aliviar o cansaço,
Suntuosas moradas projetadas por outra feliz realização,
Ou humilde a presença dos tolos replicantes insaciáveis,
Acastelada a vista do sonho exposto em hílare transição,
Ao se tornar uma residência, terá arranjados incontáveis,
A habitação, nestes conformes, é um reino em construção,
O alvará na resolução preenchida, na conquista dos ideais,
Entre muros e linhas definidas, em desenhada demarcação,
É a aspiração de uma herança a ser entregue pelos pais...