Morada.

Em quatro paredes pode se descobrir a ventura,

Numa vaporosa dubiedade, em céleres inspirações,

Transbordam múltiplos veios numa esperança pura,

Uma franqueada maestria no decodificar soluções,

Na fé sincera e prudente se apresentam os anseios,

A instabilidade comum dominada pelas vaidades,

Promessas puras e repousantes na ação dos meios,

Miscigenadas na tranquilidade de todas as verdades,

As divisórias formam uma casa; o orgulho de alguém,

Cada dependência com a prévia definição do seu espaço,

Floresce uma expectativa no ambiente que se mantém,

Sala, cozinha, banheiro, o quarto para aliviar o cansaço,

Suntuosas moradas projetadas por outra feliz realização,

Ou humilde a presença dos tolos replicantes insaciáveis,

Acastelada a vista do sonho exposto em hílare transição,

Ao se tornar uma residência, terá arranjados incontáveis,

A habitação, nestes conformes, é um reino em construção,

O alvará na resolução preenchida, na conquista dos ideais,

Entre muros e linhas definidas, em desenhada demarcação,

É a aspiração de uma herança a ser entregue pelos pais...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 03/09/2014
Código do texto: T4948757
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