Titularidade.

Põem-se os homens equivocados em atitudes confusas,

A assumirem aleatoriamente regiões a eles estranhas,

Distinguindo-se no imortal prefácio de coisas difusas,

Impondo seu domínio na associação de suas manhas,

E, assim, arbitrariamente anunciam os duvidosos legados,

Atribuem-se num trabalho pronunciado como animoso,

Usam dos elementos e materiais em inércia montados,

E aquilatam a sua labuta sendo um desígnio maravilhoso,

E a criatura aconchega um povo através da obtida ação,

Compõe-se as casas, que consistem diferenças de um lar,

As semelhanças concedidas por tresloucada alucinação,

Outorgadas pela necessidade legítima de ter onde morar,

O mesmo plano que desperta os homens a brigarem,

Na utópica variante de ilusões que um bem ele faz,

Desumanas versões que os forçam a se abominarem,

E habitam distantes do elemento simples chamado paz,

Disse-me alguém de metralhadora e sem calçados:

-Defendo a honra dos outros, donos dos cinismos,

Retruquei como a implorar auxilio a tais desgraçados:

-Libertem-se das lamentações e seus continuísmos!

As mentes tremeram com os meus eufóricos alaridos,

Chamando a atenção dos passantes outrora calados,

O espírito cresce no clamor de agonizantes gemidos,

A sensatez envelhece junto com estes fatos registrados,

E no perderem-se nas filantrópicas e desumanas aflições,

Não se encontrou nenhum sorriso da missão cumprida,

Trêmulos, cansados, destroem-se novamente em suas ações,

Levando a alma ao desconsolo de perder a própria vida...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 03/09/2014
Código do texto: T4948761
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