Interpelação.

Que sonho é este que cruzou tranquilo o azul do céu,

Que, sem vergonha, flameja nos olhos de alguém,

Que assinala as cores variadas que ficam sob o véu,

E que tem o seu próprio sonho assumindo também?

É a descoberta admirada somente pela retina e visão,

Ou os sinais dos destinos que a sensibilidade constitui,

As verdades implantadas na consonância da emoção,

Ou as fantasias dúbias que, sem energia, o vento rui?

Que sonho é este que não se detém em lamentações,

Tampouco se enverga a se deparar com o tempo feio,

Que abomina a violência e as traiçoeiras pregações,

E no instaurar uma iniciativa não a deixa pelo meio?

Talvez seja a descoberta da nova manhã ensolarada,

Ou o afago gratuito largado no segmento do caminho,

Os brados de conquistas por uma dádiva alcançada,

A elucidação das palavras que ponderam de carinho,

Esta fantasia é o cumprimento frequente da utopia,

O achado do mistério que contrasta o desconhecido,

O festejo dos sucessos ostentados em cada novo dia,

A ofensiva proclamada no reconhecimento merecido...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 04/09/2014
Código do texto: T4948782
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