Desembaralhando.
Sou dístico de princípios no alcance das culturas,
Os que me julgam, avaliam as minhas expressões,
Conhecem os meus intentos e quiçá, as bravuras,
Minha alma aberta onde estão todas as emoções,
Sou o sucedido ainda presente em róseas alegrias,
O agora estando distante legitimado pelas procuras,
O coração amante que livre, dulcifica as melodias,
O sonho no além do azul dos vértices das loucuras,
Sou o “eu” que vai embora com os ventos de verão,
A lógica bebendo na mesma limpa fonte da coerência,
Os termos que se agrupam nos caminhos de superação,
O tempo distante que manda a saudade na sua ausência,
Sou um poema que é cantado nas rodas dos sonhares,
Suspiros dirigidos que mantém as bocas entreabertas,
As coexistências reproduzidas nos labirintos dos luares,
O enlace prodigioso no acoplamento de todas as ofertas,
Sou o pólen nos ósculos que fertilizam todas as matas,
A página de ternura que discorre num tempo sem fim,
A vibração afável e calorosa encontrada nas serenatas,
Sou um acúmulo de mistérios que vivem dentro de mim!