Fragmentos/Memoriais de Zocha

reedição

Zocha sente seus olhos mirando-lhe fixamente.. Olhos verdes escuros perscrutadores, o senho franzido, engedraria também ver-lhe os chifres da couraça Viking e ela cuidando das velas no mar bravo! Um odor forte do tempo e seus verdes olhos girando pirilampos combinavam com aquele seu vestido verde de estampas discretas por ela própria costurado.Os negros e lisos cabelos contrastavam, a tez marchetada de ferrugem pelo sol, a longa trança em círculo aprisionada com ferrolhos atrás da cabeça contra os sibilentos vendavais, a austera figura de uma senhora que sabia para quem olhava e o que via. Vejo-lhe depois com uma manta pesada enrolando a cabeça cansada, os passos lentos...quantas imagens nesse momento se esvaem, as linhas se perdem dos meus olhos...sem deixar-se apreender pelas palavras...quantos poemas deixou escrito mãe...vejo-a cortando lenha, levantando o machado com hercúlea força ancestral,os canteiros sempre renascidos.............................................................................. na máquina de costura sentada numa inquietação dolente.../// ela sorria pouco e erguendo a tampa da panela de ferro o cheiro de manjerona engasga-me as sílabas...