Condição atmosférica.

Em certas ocasiões penso na constância teimosa do temporal,

Franqueio o meu mundo no comando contemplativo da cidade,

Administro a minha oração em única inflexão, sem ter outra igual,

E faceiro, regresso protegido vagando nos extremos da saudade,

E a água vem passando, escoltando o gracejo que retrocedeu,

Alegrando os momentos que estão atentos aos efeitos da paz,

Na amplitude destes saimentos ocasionais o mundo se fez meu,

Cortejos e clamores se apresentaram na jazida que a vida traz,

Meu espírito presente, hiante, estimula uma conciliação linda,

No passar do tempo, em acordes pausados, entorpecido chavão,

Meu espectro acintoso permanece atento à chuva que não finda,

Mas ela impassível não me escuta, não ouve a minha reclamação,

O sono e a embriaguez sobrevêm seguindo o espírito que avançou,

Aformoseando o período que permanece vigilante às implicações,

Numa atividade de aborrecimentos causais a precipitação recomeçou,

Acompanhada de trovoadas se exibi na vidraça com lamentações,

Então eu abro o meu sorriso debochado, afrontando a tormenta,

Compreendendo que a chuva é singular, particularmente cogente,

Enfrento esta condição no comando absorto da noite mormacenta,

Contornando minhas aspirações errantes nessa restrição inocente...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 15/09/2014
Código do texto: T4962362
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