Condição atmosférica.
Em certas ocasiões penso na constância teimosa do temporal,
Franqueio o meu mundo no comando contemplativo da cidade,
Administro a minha oração em única inflexão, sem ter outra igual,
E faceiro, regresso protegido vagando nos extremos da saudade,
E a água vem passando, escoltando o gracejo que retrocedeu,
Alegrando os momentos que estão atentos aos efeitos da paz,
Na amplitude destes saimentos ocasionais o mundo se fez meu,
Cortejos e clamores se apresentaram na jazida que a vida traz,
Meu espírito presente, hiante, estimula uma conciliação linda,
No passar do tempo, em acordes pausados, entorpecido chavão,
Meu espectro acintoso permanece atento à chuva que não finda,
Mas ela impassível não me escuta, não ouve a minha reclamação,
O sono e a embriaguez sobrevêm seguindo o espírito que avançou,
Aformoseando o período que permanece vigilante às implicações,
Numa atividade de aborrecimentos causais a precipitação recomeçou,
Acompanhada de trovoadas se exibi na vidraça com lamentações,
Então eu abro o meu sorriso debochado, afrontando a tormenta,
Compreendendo que a chuva é singular, particularmente cogente,
Enfrento esta condição no comando absorto da noite mormacenta,
Contornando minhas aspirações errantes nessa restrição inocente...