" Ilustre Condenado..."
Rastejando em silêncio; nessa negra noite... encontrei um homem, vestes finas, olhar tenebroso e confuso. Em tom cansado, e com requintes de distorção... implorou-me ajuda, queria apenas água... para abrandar sua pele, que segundo ele queimava. Fogo não vi.... mas pude sentir em seu olhar desesperador que sua alma queimava incalculavelmente, sua mão trêmula levantou, tentava mostra-me algo, em um dos dedos... um anél, era membro da casta real. Foi um jovem príncipe tirano, despótico... e cruel, matou queimado seu “genitor” e altruista Pai, por ambição... queria total poder, e hoje está condenado ao fogo eterno. De pés descalços, percebendo que eu não poderia ajudá-lo, foi afastando-se... tudo que sua mão tocava transformava-se em cinzas... seu corpo não podia descansar em jazido algum, pois nem o inferno o queria. Pobre homem, sem destino, sem direção... indigno de piedade, um ilustre condenado a morte eterna.