Liberdade que aprisiona

Sonha-se com a ilusória liberdade, porém, nada mais aprisiona do que a liberdade, tangendo à necessidade de se autovigiar o tempo todo. A consciência da liberdade dá a dimensão maior de velar pela liberdade do próximo. Então aqui entra a velha e sábia frase: “O meu direito termina exatamente onde começa o seu”. A liberdade não deve ser confundida com libertinagem. Ela é a grande responsabilidade humana, é viver no outro e para o outro. Sendo o que dá graça à vida. Ser dirigido dá a impressão de escravidão, ao dirigir tem-se a verdadeira escravidão na enorme responsabilidade. Um magistrado ao tornar-se transgressor da lei, com a mais absoluta certeza caber-lhe-á maior juízo, não exatamente pela sua lei, mas pela sua consciência, conhecida como Deus.

Os criadores das leis são os primeiros a exercerem a libertinagem, advogando porcamente em causa própria, com raras exceções.

A liberdade traz maior juízo ao jugo do liberto, tornando-o prisioneiro de seu grande ideal.

Acomode-se e pense sobre isso, ninguém se liberta de ninguém, muito menos de si mesmo.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 23/09/2014
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