Dia da vitória

Aquela mulher amanhecida,

De uma noite em claro.

Subiu nas tamancas,

Ao relembrar as noites em prantos.

E a dança das cadeiras,

Em frente ao computador.

Quis relutar,

Não aguentou.

Pegou as crianças

E as deportou,

Para seus quartos.

Escolheu uma música,

Preferiu um soneto.

Uma folha de caderno.

E afogou suas mágoas,

Despejando tudo no papel.

Em vão não foi,

A luta contra os versos.

De uma vida inteira,

Da poesia que deu certo.

Candio Domingues
Enviado por Candio Domingues em 26/09/2014
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