Dia da vitória
Aquela mulher amanhecida,
De uma noite em claro.
Subiu nas tamancas,
Ao relembrar as noites em prantos.
E a dança das cadeiras,
Em frente ao computador.
Quis relutar,
Não aguentou.
Pegou as crianças
E as deportou,
Para seus quartos.
Escolheu uma música,
Preferiu um soneto.
Uma folha de caderno.
E afogou suas mágoas,
Despejando tudo no papel.
Em vão não foi,
A luta contra os versos.
De uma vida inteira,
Da poesia que deu certo.