ENTRE CERTAS REGRAS E POSSÍVEIS AMORES

Suntuoso! – mancebo que descalço corre

Alcança vôos de autonomia magistral

Colírio para o peito; vamos ao leito;

No manto sagrado verde-cinza, a coroa desbotada

Exibe nuanças tal, a arfar a nau – mas não fenece.

Maravilhas corpóreas, avalanche, perlongados sentimentos

Bugigangas que o amor colhe quando de focinheira desloca-se;

Com o resto da imagem sob os dentes, ignotos pecados

A boca passa do ponto e ingere zomol enegrecido

(a nem ousar suas fraquezas – já as temos aos baldes!).

Pescadores de asfalto, tresloucados sofrimentos

E a bossa gangrena à possível e pálida revelia

Mistérios e horizontes secretos;

Na paz horizontal donde vingar-se-á o espelho

Mais um a cair por terra – intercede a favor

Conta as horas ao próximo que jazerá na cova.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 23/05/2007
Reeditado em 28/05/2009
Código do texto: T497829
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