Rimas e rumos.
Eu sou o meu próprio sonho numa expectativa plena,
A imaginação com a veleidade no tempo recolhida,
A admiração da vida em sua contemplação serena,
A oração à frente do calvário sutilmente escondida,
Sou a flor com seus laços em uma estima qualquer,
O retorno de uma aspiração pronunciada ao vento,
A denominação parida no ventre de uma mulher,
A transformação clássica moldada no sentimento,
Sou o devaneio na probabilidade inusitada,
O agrado certo que na confiança se pronuncia,
O intenso contrário da aparência estipulada,
A obra temporária que abriga da geada fria,
Eu sou o espírito livre que a brisa invade,
O sopro franqueado que viaja pelo mundo,
A descoberta de um hoje numa eternidade,
A alegria construída em cada novo segundo,
Sou a lembrança que vive o tempo que passou,
A escorrer em pingos caindo com serenidade,
A marca intensa onde a experiência amolgou,
O romance perspicaz que rememora a saudade,
Sou a nostalgia da minha conveniente narrativa,
No testemunho harmônico do silêncio exaltado.
Um acordo documentado em pura expectativa,
A fantasia presente no complexo programado,
Sou a narrativa na apresentação dos significados,
O contra fluxo no sobreposto das horas vazias,
Sou as palavras polidas que traduzem os recados,
Um inventor que indumenta o mundo com poesias...