Rimas e rumos.

Eu sou o meu próprio sonho numa expectativa plena,

A imaginação com a veleidade no tempo recolhida,

A admiração da vida em sua contemplação serena,

A oração à frente do calvário sutilmente escondida,

Sou a flor com seus laços em uma estima qualquer,

O retorno de uma aspiração pronunciada ao vento,

A denominação parida no ventre de uma mulher,

A transformação clássica moldada no sentimento,

Sou o devaneio na probabilidade inusitada,

O agrado certo que na confiança se pronuncia,

O intenso contrário da aparência estipulada,

A obra temporária que abriga da geada fria,

Eu sou o espírito livre que a brisa invade,

O sopro franqueado que viaja pelo mundo,

A descoberta de um hoje numa eternidade,

A alegria construída em cada novo segundo,

Sou a lembrança que vive o tempo que passou,

A escorrer em pingos caindo com serenidade,

A marca intensa onde a experiência amolgou,

O romance perspicaz que rememora a saudade,

Sou a nostalgia da minha conveniente narrativa,

No testemunho harmônico do silêncio exaltado.

Um acordo documentado em pura expectativa,

A fantasia presente no complexo programado,

Sou a narrativa na apresentação dos significados,

O contra fluxo no sobreposto das horas vazias,

Sou as palavras polidas que traduzem os recados,

Um inventor que indumenta o mundo com poesias...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/09/2014
Código do texto: T4982577
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