Laivos de ternura.

Danço nos vestígios acetinados da inocência e da certeza,

Vivo nas magnitudes de um amor, no esplendor da paixão,

Moldo-me na distinção das rimas na simetria da beleza,

Onde habita o encanto, onde ondula e palpita o coração,

As palavras habitam em mim num tempo destemperado,

E há quem determine, por distinto conceito, que é poesia,

Sigo o tempo sem desespero cada vez mais concentrado,

E ponho à luz do entendimento a minha própria fantasia,

Este peito meu se entrega no procurar palavras prudentes,

Que flexionam e distribuem sossego no padrão da alegria,

Aformoseiam-se ao andejar nas madrugadas envolventes,

Nos ritmos e ritos do vento, na têmpera que se evidencia,

Os estorvos são mansos e lentos nos alentos desta natureza,

São fragmentos de um conjunto que nos empurra certamente,

A harmonia do tempo depura os viventes em sua grandeza,

Transcorrendo quiescente a emoção na alegação concernente,

Não tinha a assertiva de tal egéria, penejava sem ter futuro,

Chegou antes do triunfo na integridade esporádica do nada,

Mudou-me a partir deste momento, no comungar tão puro,

Uma ordenação completa que transforma a minha jornada...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 01/10/2014
Código do texto: T4984067
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