Laivos de ternura.
Danço nos vestígios acetinados da inocência e da certeza,
Vivo nas magnitudes de um amor, no esplendor da paixão,
Moldo-me na distinção das rimas na simetria da beleza,
Onde habita o encanto, onde ondula e palpita o coração,
As palavras habitam em mim num tempo destemperado,
E há quem determine, por distinto conceito, que é poesia,
Sigo o tempo sem desespero cada vez mais concentrado,
E ponho à luz do entendimento a minha própria fantasia,
Este peito meu se entrega no procurar palavras prudentes,
Que flexionam e distribuem sossego no padrão da alegria,
Aformoseiam-se ao andejar nas madrugadas envolventes,
Nos ritmos e ritos do vento, na têmpera que se evidencia,
Os estorvos são mansos e lentos nos alentos desta natureza,
São fragmentos de um conjunto que nos empurra certamente,
A harmonia do tempo depura os viventes em sua grandeza,
Transcorrendo quiescente a emoção na alegação concernente,
Não tinha a assertiva de tal egéria, penejava sem ter futuro,
Chegou antes do triunfo na integridade esporádica do nada,
Mudou-me a partir deste momento, no comungar tão puro,
Uma ordenação completa que transforma a minha jornada...