A mulher invisível

Anônima, queria saber fazer-se notada, mas não sabia, sabia muito, torturar borboletas, arrancando-lhes as asas, e jogando-as para o ar até a morte, fazia pequenas maldades desde criança, e mesmo crescida não deixava de faze-las.

Na morte de todas elas sentia inexorável angústia, algum nó na garganta, alguma coisa violenta que não cabia em si.

Sentia encantamento pela morte, morte a conta-gotas, minúcias frágeis da vida, novelas frágeis, imperfeitas em suas magnitudes.

Os sons da rua era sussurros ao seu ouvido, batidas cadentes, lembrando solidões e janelas, os olhares lhe eram cativantes, mas fugazes de mais.

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 08/10/2014
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