Poema de Caravelas

Um passarinho pousa no galho seco de minha alma. Seu olhar se derrama em meu peito de folhas amuadas. O flanar do mar de asas derrama lágrimas no seco sertão interior. Então o milagre... e a ave rara volta a cantar em meu peito. Abre o bico e assobia em mim a cadência das palavras. É profunda a beleza que flui. E eu a sinto em minhas entrelinhas. Meus dias de pouca luz acabaram-se. Minhas estradas feitas de pó se transformam em altar de pétalas e relvas de palavras. E... um poema nu chora caravelas em meu peito...

Maria
Enviado por Maria em 22/10/2014
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