Prosa Panteísta

A ampulheta prostrada na mesa atoalhada de antiques escorria em um vai e vem sem parar, enquanto que o desvairado alquimista navegava entre fórmulas mágicas sob livros que voavam pendurados em vassouras que cantarolavam as canções dos passarinhos entoadas na aurora dos dias primaveris , quando inalam carreiras de pólen colorido e o êxtase embevece aquele mesmo ar que outras miríades de espécies com vida ali respiraram, amaram e se transformaram.