Uma palavra

Uma palavra

Quero falar de uma palavra, não.

Quero escrever sobre uma palavra; também não.

Quero mostrar uma palavra, é, é isso!

Mais que isso, quero esmiuçar, vasculhar, interpretar, e por fim escancarar.

Quero também; incluir, exibir, fazê-la fluir, e por fim sentir.

Quero viver uma palavra; mas que palavra?

Ah, já sei, aquela palavra que todos querem ouvir, sentir, e nela residir.

Como é mesmo o nome dela?

Poxa! Estava agora mesmo na ponta da língua querendo sair! Querendo saltar, soltar, e ecoar.

Mas que memória é essa? Que me prega uma peça, oh meça!Eu vou me lembra.

Mas que coisa estranha! Ela não é tão tamanha que não caiba aqui.

Ela estava comigo! Será um castigo? Ela se esconder, desaparecer, e se ela morrer?

Não! Não tem chance esse mal, ela é imortal!!!

É que a gente se esquece, que às vezes não merece, dela nada se ter, nem se quer saber.

E não há ousadia que se de o direito de na marra ela se ter.

Eu me lembro agora, com ela se sorri e se chora, mas se chora, é de alegria.

E palavra danada, ela é feito um escudo que nos deixa até mudo, quando queremos falar!

E olha que quando ela se cala, não há nenhuma palavra que a possa trazer.

E ai como fica? Só ela mesmo se explica, o que possa ser.

Essa palavra, não é mágica, disso eu tenho a certeza ela é verdadeira.

Ela não se manipula, com ela não se faz figura, e nem brincadeira.

Ela e mesmo potente, mexe com a gente, ela é dona de si.

Pra se estar com ela, tem que merecer, fazer valer, e não é só querer por querer.

Ó palavra bonita, muita gente acredita, ela conhecer.

Mas cadê que conhece? Não sabe nem se merece com ela viver?

É preciso emoção, e ter no coração muito mais que calor.

É preciso doar, ter que ter pra falar, e não se importar se bobo for.

Porque nela reside a essência maior do que qualquer palavra.

Porque ela exige de quem dela se aposse, um respeito fiel.

Não é só apenas pegar e dela se usar, se fartar, e depois em qualquer canto, jogar.

Como se fosse assim, transformando sim num brinquedo banal.

Essa palavra não erra, ela vence a guerra, ela é mesmo sublime.

Ela é um instrumento de construção, de nascer, de brotar, de criar.

E eu ficaria aqui infinitamente, nas orações dos verbos e sujeitos sem ela explicar.

E então só me resta, sentir nela uma festa e me deslumbrar.

Porque a palavra é tua, minha, dele, dela, de vocês e de quem querer for!

Respeitá-la! Senti-la! Vivê-la! Amá-la! Porque a palavra é a palavra Amor!!!

Talmeida 26 / 05 / 2007

Talmeida
Enviado por Talmeida em 26/05/2007
Código do texto: T502253
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.