'porque poema és tu'
 
poeira de céu encontro em cada verso traçado nos contornos do meu corpo. acomodo as madeixas nos teus dedos febris de senhor do poema e os arrepios emanam a delícia da linha que trazes nos lábios, esses que amo. o papel branco das minhas vontades 'escrito' torna-se pela tua caligrafia morna e sentida. atravessamos o universo e nem o horizonte tem o nosso tamanho...
escrevo-te da quentura que me acomete o peito na ânsia de beber da tua permanência, na letra, no fonema, de sede e vício. e sim, 'porque poema és tu' , sonho que me busco, beijos que medito. 
esqueço-me de rotas e roteiros, apenas metade mulher, metade desejo de ser-te, inteira ou sereia, mas tua, num átimo de eternidade, do grito do teu nome no meu, o ápice do amor que se cria, nos abraços desmedidos.
recito teu verso na minha boca e meu olhar te inscreve como rima perfeita, de tudo que se espera da irrealidade de um sentimento, que se abre em dois, num céu de querer-te, em mim, por um instante.
'porque poema és tu'.
 
Karinna* 
Karinna
Enviado por Karinna em 10/11/2014
Reeditado em 17/11/2014
Código do texto: T5030148
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