INEBRIADO PELA SAUDADE



Por instantes eu volto no tempo, em uma viagem retroativa, a conviver de novo com os murmúrios da natureza, que no passado me inebriaram a alma e o coração de jovem. Minha imaginação põe-se a levitar na brisa levada pelas asas da saudade. Sorvendo o cheiro das flores de laranjeira e da terra molhada ao cair às primeiras chuvas. Quando aquecida pelo sol, a terra nua tombada pelo arado de boi, obedecia à automatização da natureza, quebrando a dormência das sementes que se ajoelhavam referenciando a chegada da primavera, e com isso, a magistral, flora silvestre entrando no seu ciclo reprodutivo gestava sua biodiversidade.
 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 12/11/2014
Reeditado em 12/11/2014
Código do texto: T5032415
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