A volta dos exilados da colmeia

Abrem as grades da estufa, do rancor e da vingança, e quem abre, o faz com trajes apropriados e de lá não saem abelhinhas bonitinhas e nem esperanças. Estão libertas as "injustiçadas", com punhal e sem enxadas, para novas libertinagens, picadas e sacanagens, com a promessa de investigar o que havia de errado com o mel produzido, toda-via, recomeçaram equivocadas, pois os dois lados bateram, os dois lados apanharam e eu mesmo não bati e nem apanhei de ninguém e minha tia desconfia que continuará sem anistia, na fila do mercado, enquanto que, ali do lado, no posto de gasolina, a "bomba" explode em nossas mãos. Minha tia também diz, que só um pai infeliz é capaz de espancar um filho bom. O mel que nos alimenta, também lambuza.

A abelha rainha prometeu casas novas nas colmeias, mas o marimbondo, zangado e mal intencionado, não permite que sejam ocupadas, pois o zangão percebeu que a monarca descuidou-se da segurança e só se preocupou com a reeleição.

O voto continua direto, mas quem decide não são as operárias e sim as funcionárias do Sindicato das Desempregadas, por uma bolsa de mel e a oportunidade da casa de suas vidas, mas só que, somente as filiadas do P-artido dos malfei-T-ores, podem ter.

Sem a ameaça dos ursos, as abelhas se proliferam e já invadiram o teto das escolas, as varandas dos hospitais, a redação de jornais, empresas e até as turbinas de represas, ameaçando um novo apagão.

As abelhas podem ser produtivas, mas longe de serem inofensivas e que o digam os atordoados por suas ferroadas. Uniforme, por aqui, é conhecido como farda, mas fardo, pesado ou não, será sempre fardo e já o fardão, é mais comum ser usado por quem tem o poder da decisão e é por isso, que é importantíssimo, haver isenção por parte de quem tem a obrigação de tomá-la.

O camelo é um animal estranho e estrangeiro, o modelo não é servido em cuba, novelo é o de linha, malha é o fio da rede, teia é a aranha quem tece e já o tecido do qual é feito o uniforme do presidiário, é a indústria do crime quem fornece .

Forno é forno. Ainda está morno, mas vai esquentar.