Passagens

Minha alma é regada de lirismos conformada nos remansos,

A tranquilidade egressa confundida na sombra mais copada,

Busca o permanente aprendizado no encontro sem descansos,

Adeja na hora do sol da tarde proferindo a história espichada,

Meu espírito chega levemente afastando o produto do açoite,

No despertar cotidiano que sutilmente se abre no horizonte,

Extraviado na trilha dos anseios, vagando dentro da noite,

Um trato que se aproxima da vida trazendo um novo reponte,

No fim de tarde minha alma se some no rastro de algum sonho,

Já enfadada das distâncias e revelando a contorno do meu jeito,

Ressurge delineando devaneios no dito de algum apelo medonho,

E se reencontra nos rumos da sorte na composição de respeito,

Meu espírito traz a mansidão da saudade que se aquerenciou,

Surge nas linhas do verso de ilusões que rondam a madrugada,

Mantém a porta entreaberta para o devaneio que se desgarrou,

Para que possa, em apontado dia, abrolhar de novo nesta morada,

Minha alma presumiu ser o enfeite das manhãs de primavera,

Adentrando nas delicadas esperanças que inflamam corações,

Entorpecida na expectativa do despontar de imediata quimera,

No silêncio cor de aurora trazendo a lembrança de tantas emoções...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 28/11/2014
Código do texto: T5051593
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