Meu tom poético de casos e acasos

Poesia é mar de ideias num deserto escaldante, é fato vivido de amor, de calor, de poses e cantos que se ouvem em lembranças passadas, amores perdidos fazem parte do cotidiano, um apelo simplório de ofertas as vezes vazias, um grito ecoado pela garganta, um nó desfeito em meio a tormenta avassaladora, poesia é conto e artigo, é válvula de escape arrebentando o coração.

Poetizar é mero racionalismo, poesia é alma e desejo contido num abismo de emoções, fatos relevantes viram contos emotivos, mortes viram sonetos alegres de feitos reconhecidos, mulheres abduzidas sonham com homens perfeitos, as vastas memórias se transformam num coágulo explosivo adulterando as lembranças, poesia é arte. é vida e alegria.

Em meio as turbulências surgem letras de acasos, em meio ao caus surgem pacificadores, morrem mais deixam sinfonias abertas ao coração, vasto e enigmático pensamento de quem cria algo, o homem merece seu atributo, como a dor merece letras de poetas mortos, como o desejo que consome o atribulado, assim é o poeta em seu mundo imaginário.

A vida da seu salto para a morte, assim como a dor que consome a alma, a poesia é sobretudo um mundo de fantasias e realidades, uma música as vezes desafinada, as vezes bem tocada, um abraço no moribundo, um grito no vazio, como rins filtrando hormônios nocivos, liberando a cólera da alma, quero ser visto, ouvido, analisado, poesia é dor, calor e verdade...

AUGUSTO SABAOTE
Enviado por AUGUSTO SABAOTE em 04/12/2014
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