""O ESTRANHAMENTO É COMO DOBRADINHA:NÃO SE COME FRIA"

Certo dia eu percebi que alguns loucos, a sua moda, têm bom senso.

Tudo é relativo, só a morte é inevitável: diante da morte a vida não basta.Tenho cuidado e evito falar demais, não como goiabada com bichos, não engasgo com joaninhas. Quando amadurecem as mangas-rosas enlouquecem de doçura, passarinhos querem vastidão, bicho-de-pé não tem hora pra chegar, não é bom mexer com coisa ruim que pega. Marimbondo faz casa onde não deve e mamangava pica doído. Rio inventa peixes afeitos a anzóis e tarrafas. Meus bois de chuchu tinham pernas de gravetos. Sibipiruna chora todo mês de maio e me lembrei que os moleques coisavam as cabritas. Nada é, tudo é, tudo ilude, as hipóteses são verdades provisórias que vão ser outra coisa, há sim inocência e estão em santidade, o mais, fica por conta do

labirinto dos espelhos : impassíveis, absolutos, inomináveis.