O TEMPO NAS ASAS DO VENTO

O TEMPO NAS ASAS DO VENTO

Jair Martins

Forte e imponente o tempo toma as asas do vento. Chega abraçando, acariciando, renovando, muitas vezes conquistando espaços regendo prazos e dá liberdade ao porvir que com ele compartilha o adentramento no templo da existência e assim a vida se rende ante suas asas da renovação. Seu toque é beijo suave nas mentes a levitar novos pensamentos. Sua brisa, frescor nos rostos das personagens vitrines para suas narrativas concedendo a cada um desempenho ímpar. Suas correntes de ar comprimidos pela pressa das ocorrências, são forças que impulsionam e anunciam as mudanças ocorridas para desdobramento do presente. No abanar de suas asas sopra as variações que se dilatam ante a pressão das oportunidades abrangendo os sentidos das etapas, construindo com medidas o favorecimento da sua expansão. Com fúria move situações adversas. Revolucionário está sempre exercitando sem distinção as verdades inquestionáveis das histórias por ele acompanhadas. Participativo, cavalga no rebolado dos espaços o gozo que tem suas proporções. Grande auxiliador é garantia da razão verdade que acolhe a linha do horizonte das descobertas. Seu hálito sussurra nos ambientes o surgir de novas histórias tornando com efeito, o desaparecimento do velho para as vistas, escondendo-o no cômodo chamado memória. Quando passa impetuoso, deixa que sua presença volumosa disperse a inoperância para mundos da desapropriação - O passado. Quanto ao presente o seu sopro veloz busca novos momentos. Explicando-se bem nos diálogos com os componentes do presente, proclama o futuro com perplexidade. O Tempo nas Asas do Vento agasalha a terra com o aconchego dos seus climas, agasalhando com ele também o homem em sua transição para tudo ser encerrado no mar.

Água Fria, 27 de junho de 2013 - 23h31