NO FINAL DAS CONTAS

E no final da contas resta somente o amor...

De quem foi para quem ficou, se a verdade há (vida) depois da partida, esse amor levará um canto de saudade, mesmo que por pura sinceridade.

De quem ficou um amor escondido na memória, teimoso e agarrado ao peito, como se abrisse espaço ao vazio do desespero, mas um amor verdadeiro.

E no final das contas o ódio acabou...

Esvaziou-se em si mesmo, sem objeto, se desejo, este sim, como que por mágica natural ou divina, teve o seu grande fim.

Porque o ódio vive da vaidade, do egoísmo, do medo, e foram todos enterrados na verdade dos fatos, ninguém durará para sempre, e sem o sujeito finda a ação.

E no final das contas vale lembrar a quem tem o caminho inteiro pela frente, que seja o derradeiro, seu amor a vida, sua gratidão aos iguais que contigo dividem a maravilha de viver e sonhar uma poesia.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 04/02/2015
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