ESTOU À VENDA

O corpo, carece de cuidado

A alma, é imensa

O coração, é hoteleiro

Sempre, cabe mais um

Os ombros, são hospitaleiros

A boca, tem um sorriso farto

Os ouvidos, são de confiança

A mão, está sempre estendida

O colo, está sempre ocupado

A voz, é de aeroporto

A imaginação, voa solta, solta

A letras, que me saltam

Se juntam, em celebração

E as palavras, correm, livres pelo ar

Cozinhar, sei bastante

Faço delícias, só para agradar

Amo desbragadamente

Rancor, não me invade

Esqueço com facilidade, qualquer desavença

Carinho, dividir

Desejo, secreto,

Para me resguardar

Memórias, tenho várias

Se pedir, posso contar

Segredos, faço sumir

Se precisar de mim, pode contar

Não sei falar pouco

Mas, calo se precisar

Mais vale, me ter por perto

Do que me abandonar

Não sei se tenho preço

Do mercado, não estou a par

Ofertas, deixar endereço

Ou então, telefonar

Será que alguém, quer me comprar?

Pra que

Com jeitinho, carinho, e cuidado

Com apreço, ofereço,

De graça,

Se, de boa fé

Basta chamar

Rua das notas, perto do tempo, longe do ódio, perto do mar,

Esquina com o canto dos pássaros, de frente ao doce luar,

Bem longe do vento bravio, pronto, acabou de chegar.

(Delírios de uma pessoa, como tantas, sem igual, sem preço, especial)

Rio de Janeiro, 04 de fevereiro de 2015.

Cristina Gaspar

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 05/02/2015
Código do texto: T5126812
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