Invasiva*

sou historia entre as linhas das mãos, tenho rasgos de ternura em cada piscadela azul do meu olhar coração.
as mãos denunciam os anos interrompidos, as tentativas, os ensaios, os desenganos.
invento céus em linhas, trago palavras borbulhando entre dedos e por um momento infinito desisto de respirar para tornar-me verso em prodígios....
celebro sons em majestosa profusão, sinto sonhos nascendo entre os fonemas que sempre quis.
o idioma universal do sentimento sublinha títulos e pontua o declamar puro da necessidade de ser apenas feliz.
planto jardins entre estrofes expostas, alvoradas colorem flores na eminência da inspiração.
sim. raro e soberano tempo de colheita explicita.
abençoada poesia que resgata a vontade, que traz alegria em fitas, que abraça a impossível despedida.

 
Karinna*
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Karinna
Enviado por Karinna em 20/02/2015
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