Ondas do Profundo

(Angela Chagas)

Ando navegando em mar aberto, procurando vida, esteio. E, abundantemente, anseio encontrar saídas... Que me levem a abarcar a profundidade do infinito oceano, fecho-me para as ondas pesadas, encontro-me agora, no centro do pélago buscando em alguma fonte O que há de infindo... Tento ser afável, graciosa, mas, me perco nas recordações... Enfim, deixo ecoar um grito! É a liberdade, que ora me invade, e contamina a fase airosa. Avalio os sonhos de menina, que estavam presos nas lembranças ao sabor da esperança.

Então solto-me no ar, crio expectativa desinibida, começo a ver por outra perspectiva...Agora exorcizada, precisando ser eu mesma, procuro me amparar nas ondas límpidas deste mar, navegar com toda a transparência, para então, muito além de um porto... Encontrar... Minha verdadeira essência!