Entre o Eterno e o Limitável
"Tu, condenada a ti mesmo, condenação irrevogável,
Tu que amedrontas o outro, e foges com medo,
Dança, canta e ama ...
Eu, condenado a ti mesmo, condenação irrevogável,
Danço, canto e amo...
Assisto tua natureza, Constantemente,
Constantemente livre, variável e bela...
E desse jeito sempre estamos dançando, apenas nós,
Réus eternos da noite escura, ao relento de uma rua vazia,
Cheia de mistérios como nós mesmos,
Com as mesmas tantas duvidas que temos...
Nós , condenados a nós mesmos, condenação aceitável,
Sempre entre o que poderia ser, e o que já foi,
Sempre o som e o silêncio,
Sempre entre o Sol e a Lua,
Sempre entre o amor e o ódio,
Aceitamos a condenação a nós mesmos."
-Entre o eterno e o limitável