Proibido

Larga-me a alma, meu antigo.

Deixe-me cá no meu canto.

Escura e reprimida.

Olhe-me de longe,

Não me encare.

Ah! Não faça isso.

Sua presença me incomoda.

Incomoda-me, mas eu gosto.

Olho pelo canto que reluz,

Esse amor tão proibido quão outrora foi.

Não me tente,

Você está me tentando.

Não me tome,

Você está me tomando.

Não me sufoque,

Você está me sufocando.

És tão belo...me fascina.

Perdi-me no tempo,

Nem sei mais onde estou.

Centenas de pessoas em volta,

Mas só vejo você.

Desconfiado e dominante,

O meu dissabor mais saboroso,

Mais apetitoso,

Mais excitante.

Hipnotizando-me de longe,

Sem que ninguém perceba.

Só eu.

Quero te tocar, te falar, te sentir...

Não posso.

Não podemos.

Eu desisto.

Desistimos.

Você se vai

E meu pensamento te segue

Mas é tarde.

Retorno ao meu acatamento

E me convenço

É melhor assim.

Metanóia
Enviado por Metanóia em 20/03/2015
Reeditado em 20/03/2015
Código do texto: T5177300
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