Fragmentos Surreais

Longe é um lugar que não existe no coração... Assim como "nunca mais" não faz sentido a alma...

Se minha alma beija a sua é bem possível que o seu abraço aqueça meu viver...

Assim poderia ser o meu amor... Que soberano em meu mundo transborda sua essência ante sua presença...

Meu olhar atravessa seu corpo como quem decifra seus segredos... medos... anseios... Tenho olhos penetrantes...

Uma lua branca pairando na noite serve de holofote ao me escutar declamar...

O amanhã não tardará e chegará breve como uma canção ninar...

O sonho inundaria de sensações coloridas o prazer...

Viver deixaria de ser uma sequência de hiatos de solidão...

Saudade deixaria de ser o alimento da tristeza...

A paz não necessariamente seria branca, mas ainda sim repousaria plácida num colo macio...

Riso solto seria apenas mais uma forma de dizer "eu te amo "...

Beijo perdido no tempo, sem pressa, molhado e invadido de suspiros... a consagrar um sentir que não carece de explicações...

Um lugar, uma calçada, uma cama, a se fazer de testemunha daquilo que nos marca tal tatuagem...

O sabor do gosto daquilo que mais gosto quando em agosto me surpreende...

Um cheiro, um aroma, uma lembrança olfativa rascunha paisagens em minhas memórias adormecidas num banco de concreto...

Ao longe uma música sussurra o que não pude gritar...

E por fim, a poesia que nunca escreverei para dizer o que sempre senti...

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 31/03/2015
Código do texto: T5190254
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