MORRER OU DEIXAR DE ESCREVER A HISTÓRIA?

Vociferou a raiz quadrada do dia

- acalmado e controverso –

Em mente, o colchete e a alínea:

São processos morosos no existir

Estamos todos com os dentes afiadíssimos

Quem dirá as idéias que terão as línguas ?

Assim marejaram dois olhos de crianças

- impolutos e tênues –

À espingarda que à lua marca

Que sente razão de persistir

A enxada é o nunca

Haveremos de ser derradeiros.

Incólumes à passagem do tempo

Tangidos por laços e rédeas

- meço as auras invisíveis e ocas –

Por que não somos mais tão ingênuos

Quais luzes de nós se esqueceram ?

Quem restará a acendê-las ?

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/06/2007
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T521405
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