DESMORONAR
Fitei-a a se despedaçar
Vela opaca em desalinho
Homogênea cicuta imbricada de espinho
Núcleo do meu sonho - a mortalha se arrochou.
À cega e rota marcha da aldrava
Coração patife e olor de alho
O ranço apoitado nas retinas
E a vida a sorver, a morrer, tomo a tomo.
Com repleto perigalho de acúleos
Migro tonto o olhar desvairado
São as mesmas tristes e velhas mágoas
Que se revelam ignotas, que se velam em catre.
Outrora, ouviu-se estrondo mudo
E o mundo profuso escorrido de lágrimas arrefeceu-se
Pudera!
Casta idade e deveras solta
Quisera!
Ser o par da finada rosa e o semblante prásino a desmoronar.