Meio fora de foco
Andando no meio fio
No frio
Na noite anuviada
Um olho nu vê um céu desestrelado
Mas elas estão lá ou será que já é passado...
Ruas lotadas ou vazias
Calor humano ou o gelo da solidão
Corpos grudados encalorados seguros entre paredes
Contrapõe ao frio de um corpo exposto ao medo do mundo
Deitado num colchão embaixo de uma marquise
Prazeres
Na realidade de bocas que se encontram e se completam uma a outra
Ou
Na ilusão de drogas que desviam a mente da real tristeza
Beijos desejados
Beijos rejeitados
Um cão que insiste em uivar para o nada
Um riso de gozo que acorda a madrugada...
*Inspirado num poema do meu querido amigo, Joaquim Brandão.