MINHA MULHER E DE MUITOS

Me faz um café mulher,

Pergunta o motivo

Do meu esvaecimento nessa semana.

Reclama da barba já crescida

E do cabelo um tanto desajeitado.

Vai dizer agora que sou obsessivo,

Que não te deixo ser livre

Nem viver longe de mim

Sem um aborrecimento.

Esquenta os meus pés mulher,

Pergunta o motivo

Dos meus pesadelos.

Reclama mais uma vez

Que não converso contigo.

Vai dizer agora que estava com outro,

E que mesmo assim

Não parou de pensar em mim,

Comparando a cada instante

Os nossos beijos.

Vá à merda mulher,

Pouco me importa com quem andas,

Menos ainda quem beija essa boca imunda.

Quero apenas um prato de comida

E um teto por alguns dias.

Vai dizer agora que eu me tornei um mostro

Um ser repulsivo e digno de pena,

Mas que mesmo assim

Não consegue imaginar a sua vida

Sendo só sua.

Eu sei disso mulher vadia,

Sei que é de todos

E mesmo assim só minha.

* POR FAVOR, NÃO ENTENDAM ESSA POESIA COMO UMA OFENSA PESSOAL OU CONTRA AS MULHERES.